O objetivo deste Malware Trojan é roubar informações de pessoas espalhadas pela América Latina, incluindo o Brasil
Um malware trojan descoberto pela equipe de inteligência de ameaças da Telmex-Scitum e compartilhado com o FortiGuard Labs da Fortinet para uma força tarefa de monitoramento contra a ameaça. conhecido como “BlackParty”, seu principal alvo é adicionar dispositivos infectados a uma botnet para realizar atividades maliciosas, como roubo de informações e controle total do dispositivo infectado. O malware está operando em diferentes países da América Latina, atingindo as vítimas por meio de e-mails de phishing ou mensagens que levam a páginas locais falsas. Os dados coletados de dispositivos infectados incluem:
Identificador único da vítima
Sistema operativo
Antivírus instalado no dispositivo
Arquitetura do sistema operacional
Validação de permissões de usuário
De acordo com os sensores da Fortinet, utilizados para monitorar o escopo da campanha, o Brasil é no momento o principal alvo do BlackParty e já foi detectado mais de 500 vezes desde que foi descoberto.
O BlackParty foi descoberto em maio após a Scitum detectar e-mails de phishing que levavam a um site falso que tentava se passar pelo Serviço de Administração Fiscal Mexicano, cuja interface era idêntica ao site legítimo. O site, então, exibia uma janela pop-up solicitando que a vítima inserisse um captcha e, em seguida, fizesse o download de um manual do usuário sobre como usar o site. A pasta chamada “Sat.zip” continha o malware responsável por baixar, descompactar e executar o arquivo para estabelecer uma conexão com o centro de comando e controle do invasor.
Todos os URLs relevantes foram classificados como “sites maliciosos” pelo serviço de filtragem da Web da Fortinet, alimentado pela inteligência de ameaças do FortiGuard Labs, e os Indicadores de Comprometimento (IoC) adicionados às soluções da empresa, respeitando o nome dado pela Scitum. As informações sobre o novo malware foram adicionadas à Enciclopédia Pública de Ameaças do FortiGuard Labs.
O que fazer para se proteger?
A proteção mais eficaz é sempre a conscientização do usuário final, que deve saber como identificar e-mails e mensagens suspeitos, bem como entender o funcionamento de uma campanha de phishing. O curso gratuito em português da Fortinet NSE 1 inclui um módulo sobre ameaças da internet que aborda exatamente este tema. Além disso, soluções avançadas de segurança cibernética ajudam as organizações a permanecerem protegidas. Por exemplo:
Serviço de filtragem da Web que classifica “sites maliciosos”
Antivírus para bloquear arquivos de malware
Sistemas atualizados com o banco de dados de ameaças mais recente
Quarentena e remoção de arquivos infectados
Substituição de arquivos infectados por backups limpos
Troca de inteligência de ameaças
A ação conjunta contra a ameaça BlackParty é um exemplo claro dos benefícios que a colaboração e a troca de informações sobre ameaças trazem. O recente acordo de colaboração com a Telmex-SCIUM — pioneira e líder em segurança cibernética no México com presença na América Latina, Estados Unidos e alguns países europeus —, para compartilhar informações estratégicas sobre ameaças relacionadas à segurança cibernética traz grandes contribuições para fortalecer as detecções e investigações da Fortinet na América Latina.
FONTE: CISOASVISOR