Não é de hoje que o cargo de Security Awareness Officer (SAO) vem sendo discutido no mercado. Mas a relutância das empresas para investir no posto, poderá custar caro!
Infelizmente, iniciar uma discussão sobre segurança da informação com empresas brasileiras ainda é algo difícil, pois existem empreendedores que não entendem a necessidade de investir neste setor. É complicado para uma equipe de diretores compreender a importância de se condicionar ao comportamento seguro perante os seus colaboradores e/ ou por falta de conhecimento dos perigos em não investir em segurança da informação. Com isso é garantido uma perpetuação entre si da cultural horizontal de procedimentos e hábitos para manterem a cibersegurança entre todos os envolvidos, garantindo a privacidade e proteção dos dados.
Em razão desta atitude, muitas campanhas acabam não atingindo os resultados desejados, o motivo pode ser a falta de uma estruturação para que o programa de conscientização e educação sejam organizados da maneira mais eficiente. E sem entender qual é o setor responsável por esta ação, acaba repassando para os funcionários e gestores do departamento de Tecnologia da Informação (T.I) e Recursos Humanos (RH).
A conscientização é uma matéria presente em três áreas distintas: comunicação, habilidades pedagógicas e em mínimos conhecimentos técnicos sobre segurança da informação. O profissional ideal para assumir tal responsabilidade é o Security Awareness Officer (SAO), em português é o Gerente de Conscientização em Segurança. É uma posição que demanda soft skills peculiares, isto é, não cabe para qualquer um ocupar a vaga.
Este profissional precisa conhecer e se manter atualizado em relação aos riscos cibernéticos que podem prejudicar o ambiente corporativo, ter sensibilidade de repassar o conhecimento de modo didático e interativo para quem for preciso, utilizar de um ótimo senso de comunicação interpessoal e trabalhar com educação para levar em conta cada ritmo de aprendizado individual das pessoas. É fundamental que avalie formas diferenciadas para passar a frente os seus conhecimentos além da realização de palestras e cartilhas impressas ou digitais.
Por fim, somente uma pessoa trabalhando sozinha não é suficiente para que o programa seja um sucesso. Quanto mais colaboradores, melhor, desde que sejam dedicados. Com uma boa equipe é mais fácil de manter um acompanhamento dos resultados e apresentar um retorno sobre investimento (ROI) em acordo com o esperado pelos diretores da empresa.
Diante deste cenário, é necessário que os grandes empreendedores enxerguem e valorizem a importância da presença do Gerente de Conscientização em Segurança, para que o profissional esteja sempre evoluindo e se desenvolvendo com alta competência na cibersegurança empresarial com o objetivo de proteger a corporação de qualquer perigo no ambiente digital, além de ser o responsável por conscientizar sobre técnicas de prevenção contra-ataques virtuais às empresas.
Nesse sentido, é como se fosse a SIPAT-Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, só que aqui, da unidade de rede e segurança digital da empresa, porque atualmente este profissional possui desenvolvimento como de peça-chave no ambiente corporativo para promover resultados satisfatórios em campanhas ao proteger dados e informações relevantes empresariais estando preparado para reconhecer, entender e contra-atacar atitudes e ações de invasores mal-intencionados em relação a empresa.
Redação: Juliana Neves | Inspiração: We Live Security by ESET
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