O mundo corporativo é cheio de termos técnicos e jargões que fazem do ambiente algo mágico para quem o vive. Empresas carregam em essência valores e princípios como uma pessoa comum, com a única diferença que é uma construção coletiva.
Com a pandemia da COVID-19 esses valores e princípios foram expostos à prova com a interrupção das atividades momentaneamente por um motivo maior. A reputação das empresas bem como seus compromissos deveriam continuar em operação, mas com uma necessidade especial, o distanciamento social, medida tomada no mundo todo que praticamente reorganizou a sociedade, criando novas formas de interação e relacionamentos.
Com isso, empresas assim como pessoas se adaptaram para o "novo normal" e se ajustaram dentro da realidade de um ano cheio de incertezas. Todavia, empresas que já estavam em “namoro” com termos como inovação, nuvem (Cloud), plataformas colaborativas, meeting e tantos outros jargões “hightech”, conseguiram se adaptar rapidamente para o “novo”, já outras, nem tanto. A dificuldade de adaptação no curto prazo, gerou prejuízos e até falência de empresas menores que não estavam preparadas para tal impacto. O que não falta são relatos de adaptações emergentes e com isso alta procura de equipamentos como servidores, notebooks e periféricos para aumento de infraestrutura física e digital.
E mesmo com tantos jargões técnicos um, bastante conhecido, ficou para trás em boa parte das empresas nessa época tão delicada que vivemos. O PCN - Plano de Continuidade de Negócios, criado em 11/2007 conforme a norma ABNT NBR15999-1, estabelece técnicas de gestão corporativa para a continuidade, bem como planos de ações de contingência para adoção em situações diversas de interrupção parcial ou total das atividades operacionais.
Além de um "overview" das vantagens da adoção de um PCN a norma ainda demonstra elementos do ciclo de vida da gestão da continuidade de negócios e formas de garantir o longo prazo da empresa.
Desde uma interrupção do fornecimento de energia até um incidente de vazamento de dados, o plano de continuidade de negócios deve ser adotado, visando mapear os pontos fortes e fracos do perímetro físico/ digital da empresa garantindo que esteja segura e principalmente “Anti-Frágil” para momentos que um “Cisne Negro” aparece.
Em resumo, um PCN é um recurso essencial para as empresas, visando garantir a interrupção operacional e mantendo a reputação da organização para com seus clientes e colaboradores. Documento este que deve ter uma gestão e manutenção continuada, conforme as variabilidades do cotidiano da empresa, assim como a assimilação cultural de time de colaboradores para uma adoção e resposta rápida a incidentes.
PCN é um recurso essencial para as empresas, visando garantir a interrupção operacional e mantendo a reputação da organização para com seus clientes e colaboradores.
A pandemia da Covid-19 evidenciou o quanto as organizações precisam “manter no radar” possibilidades que expunham uma vulnerabilidade, seja física ou digital, da continuidade de negócios. E com a adoção de um plano bem elaborado e a construção coletiva de uma cultura organizacional, o futuro das Empresas pode garantir respostas para as mais diversas situações de dificuldade. Assim como achamos meios de resposta para a crise sanitária que vivemos.